quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

HIStory: o álbum mais pessoal de Michael Jackson

Em 1995, Michael Jackson volta a cena musical após escândalos e processos e lança para o mundo um álbum com músicas tanto auto biográficas quanto sentimentais


O álbum se trata de um disco duplo, contendo um livreto como encarte constando todas as realizações e prêmios de Michael, bem como fotos e desenhos do cantor, letras de algumas canções e depoimentos de famosos a respeito do artista.

No primeiro disco, destaca-se as 15 músicas de maior sucesso de Michael até aquele ano, uma espanada nos clássicos Off The Wall, Thriller, Bad e Dangerous. Já no disco dois, são 15 músicas inéditas e bem pessoais em relação à vida e carreira de Michael.

O fato de o álbum ser tão pessoal já nota-se no título. O destaque das letras H, I e S na palavra HISTORY tem duplo sentido, já que em inglês “his” significa “dele.” O que pode ser interpretado como “história dele” ou “sua história.”

Abaixo segue a listagem das faixas inéditas lançadas no álbum e o porquê de serem consideradas autobiográficas de Michael Jackson.


01. Scream (duet with Janet Jackson)
Composição de: Michael Jackson / Janet Jackson / James Harris III / Terry Lewis

Na letra da primeira faixa do álbum (“Gritar”, em tradução literal), Michael e sua irmã Janet desabafam a respeito de injustiças e mentiras que são divulgadas pela imprensa e mídia em geral, as quais tem como único objetivo desolar e destruir um alvo humano. Janet aparece mais como forma de apoio ao irmão para gravar um clipe futurístico espacial dentro de uma nave, com uma coreografia estonteante e passos que só Michael Jackson faz, o que tornou o vídeo clipe o mais caro do mundo, com um orçamento de 7 milhões de dólares. “Cansado de injustiças, cansado de tramas, me derrubaram com chutes, tenho que me levantar” são trechos da música, que também estrela a primeira vez que Michael fala palavrão em uma canção.

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02. They Don’t Care About Us
Composição de: Michael Jackson

Talvez logo ao término das negociações de abuso sexual em 1993, Michael deve ter notado como a mídia em geral tinha tanta coisa pra se preocupar, como pobreza, fome, violência, abuso de autoridade entre tantas outras gravidades, porém cismavam em comentar sobre o processo, sobre o acordo, sobre as acusações, sobre provas inventadas para incriminá-lo. Ele já havia citado isso em “Why You Wanna Trip On Me”, em Dangerous, quatro anos antes, porém de repente tudo ficou mais pesado.
Em They Don’t Care About Us (“Eles não ligam pra gente”, em tradução livre) Michael acusa a violência policial livre entre as populações menos favorecidas, o descaso da política em relação a todos estes problemas e ainda cita o ex presidente Roosevelt e o ativista política defensor dos negros Martin Luther King, cantando que “se Roosevelt e Martin Luther estivessem vivos, eles não deixariam isso acontecer.” Michael fez duas versões do vídeo clipe, uma representando um prisioneiro em uma cadeia e o outro com cenas gravadas na favela do Rio de Janeiro e no Pelourinho na Bahia, com a percussão do grupo brasileiro Olodum.

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03. Stranger in Moscow
Composição de: Michael Jackson

Nesta letra, Michael passa a seus fãs e ao público a sensação de solidão no qual se encontra durante os dias de sua vida devido a fama. No clipe, Michael sente-se sozinho mesmo com tantas pessoas a seu redor. Certa vez, Michael comentou sobre esta canção. “Um dia, estava em um hotel de Moscou e, mesmo com milhares de fãs na porta do hotel gritando meu nome, sentia um vazio enorme dentro do quarto.” Eis o porque do título da canção. (“Estranho em Moscou”)

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04. This Time Around
Composição de: Michael Jackson / Dallas Austin / Bruce Swedien / Rene Moore

Música dirigida em especial às acusações de 1993, em This Time Around (“Desta vez”, em tradução livre) Michael canta, em parceria com o rapper Biggie Smalls, como certas pessoas tentam destruí-lo e acusá-lo falsamente, mesmo tendo se passado por amigos com aparentes intenções de querer ajudá-lo. “Desta vez, não me trate como lixo, pois você não pode me controlar, você sabe que não.”

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05. Earth Song
Composição de: Michael Jackson

Earth Song (“Canção da Terra”) é a música ambientalista que transparece a preocupação de Michael Jackson em relação ao planeta devido acontecimentos como desmatamentos, aquecimento global, guerras e queimadas florestais. No clipe filmado em Nova York, Michael canta decepcionado com o planeta em meio a tocos de árvore queimados e solo erosivo. As filmagens aconteceram na floresta amazônica no Brasil, Croácia e Tanzânia, com nativos de cada região, e não atores. A floresta em que Michael canta é fictícia. Na bridge e ao fim da canção, Michael entona “eu antes sonhava, viajava além das estrelas, agora nem sei onde estamos, só sei que fomos longe demais! Como fica o ser humano, o que me diz de morte? A gente ao menos dá a mínima?”

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06. D.S.
Composição de: Michael Jackson

D.S. (abreviação de Dom Sheldon, máscara que esconde o título original “Tom Sneddon”) é um ataque cru e direto ao promotor Thomas Sneddon do Distrito de Santa Bárbara, o qual emitiu um mandato para que se tirassem fotos do corpo nu de Michael Jackson, no intuito de encontrar evidências que batessem com as declarações do garoto acusador. Além disso, Tom Sneddon também é acusado de forjar evidências para levar Michael Jackson a prisão, no julgamento de 2005. Na letra do encarte, o refrão consta como “Dom Sheldon e D.S. Sheldon” sendo que na verdade Michael canta “Tom Sneddon e Thomas Sneddon”, além de ir a frente acusando o promotor de conspiração, racismo e antiética. “Ele andou mandando cartas pro FBI? Ele disse ‘faça isso ou morra’?”

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07. Money
Composição de: Michael Jackson

Após falsas acusações de abuso, gente interesseira ao seu redor e amigos falsos querendo seu dinheiro, Michael nunca se sentiu tão inspirado para criar uma música que falasse disso. Em Money (“Dinheiro”), Michael cita ganância, gula, luxúria, mentiras, falsidade e todo o resto que transforma as pessoas para que consigam dinheiro e fortuna. No refrão da canção, Michael entona “Qualquer coisa por dinheiro, mentiria por você, morreria por ele, até venderia a alma ao diabo.”

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08. Come Together
Composição de: John Lennon / Paul McCartney

Versão original sendo dos Beatles, escrita por John Lennon e Paul McCartney, Come Together (“Venha junto”, em tradução literal) talvez seja a única música de HIStory que não tenha significado próprio a Michael Jackson, a não ser a velha vontade de que o cantor tinha de incluir sua versão em um álbum desde o lançamento do filme Moonwalker, em 1988, aonde Michael interpreta a música no palco. Em 1990, foi dito que Michael lançaria um álbum coletânea chamado Decade, e que Come Together estaria inclusa, porém a idéia foi engavetada, dando origem ao álbum inédito Dangerous, de 1991.

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09. You Are Not Alone
Composição de: R. Kelly

Nesta canção recordista (primeira a ser lançada já em primeiro lugar no ranking da Billboard) chamada You Are Not Alone (“Você não está sozinho(a)”, em tradução livre), imagina-se quantas vezes Michael deve ter dito esta frase a si mesmo durante a tortura das acusações de abuso sexual dois anos antes, em 1993. Com uma entonação melódica e romântica, Michael canta “você não está sozinho, eu estou aqui com você, embora você esteja longe, eu vim para ficar.” No clipe que acompanhou o single, Michael aparece com a sua então esposa Lisa Marie Presley. A música tem muito a ver com o cantor, embora não tenha sido composta por ele, e sim pelo astro do R&B R. Kelly, o qual viria a compor para Michael os futuros sucessos Cry e One More Chance.

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10. Childhood
Composição de: Michael Jackson

Com grande chance de ser a música mais tocante e auto biográfica de toda sua carreira, em Childhood (“Infância”) Michael lamenta a infância perdida devido a fama e ao trabalho árduo desde criança. Com crianças voando em barcos voadores e brincando em solo no vídeo clipe, Michael encontra-se solitário sentado em uma rocha enquanto canta “antes de me julgar, tente me amar. A dolorosa juventude que eu tive. Você viu minha infância por aí?”

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11. Tabloid Junkie
Composição de: Michael Jackson / James Harris III / Terry Lewis

Algo que assola a vida de Michael desde que se tornou o maior astro do mundo é sem dúvida a imprensa marrom, aquela composta por pessoas que se auto intitulam jornalistas porém seu único trabalho é mentir e publicar invenções pejorativas a respeito de celebridades. Em formatos conhecidos como tablóides, Michael Jackson foi o artista mais atacado por este tipo de imprensa. Claramente, durante as acusações, Michael foi apedrejado por estas pessoas, tendo seu nome envolvido em mentiras e invenções absurdas a cada dia de sua vida. Na letra de Tabloid Junkie (“Tablóides lixos”, em tradução livre), Michael inclusiva cita a Princesa Diana, que veio a falecer em um acidente causados por paparazzi, e canta no refrão “só porque você leu na revista ou viu na TV não significa que seja real, embora todos queiram acreditar naquilo.”

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12. 2 Bad
Composição de: Michael Jackson / Bruce Swedien / Rene Moore / Dallas Austin

Em 2 Bad (“Muito ruim”, em tradução literal, mas encarado popularmente no Brasil como “Que pena”), Michael se dirige a todos em geral que tentam destruí-lo, desde os acusadores até os jornalistas. Com um rap estrelado pelo jogador de basquete Shaquille O’Neal, a letra segue “que pena, por que você não grita e berra? Estou de volta aonde sempre quis estar, de pé embora você continue me chutando!”

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13. HIStory
Composição de: Michael Jackson / James Harris III / Terry Lewis

Música título do álbum, em HIStory (“História”) Michael canta em especial sobre as guerras, comenta sobre soldados, liberdade, bravura e determinação, com discursos de fundo de acontecimentos históricos como o nascimento de Martin Luther King, a queda do muro de Berlim, o primeiro vôo realizado etc. “Um soldado morre, uma mãe chora, a promessa brilha nos olhos de um bebê. Todas as nações cantando, vamos trazer harmonia a todo o mundo.”

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14. Little Susie
Composição de: Michael Jackson

Nesta canção, uma das mais misteriosas e enigmáticas da carreira de Michael, a letra conta sobre uma garotinha que vivia sozinha sem amigos, porém após uma queda das escadas ela vem a falecer, e somente em seu enterro é que as pessoas aparecem com comentários até que hipócritas sobre a tragédia. Alguns acreditam que a pequena Susie da canção é o próprio Michael, outros que a canção é um tributo a verdadeira Susie, a garotinha que cometeu suicídio em casa após seus pais a terem abandonado, na Itália. “Ninguém se importava, apenas para amá-la, uma queda das escadas, oh, o sangue em seus cabelos.”

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15. Smile
Composição de: Charlie Chaplin / John Turner / Geoffrey Parsons

Nesta canção que esbanja voz e talento, Michael canta e encoraja o ouvinte a sorrir, embora o coração venha a doer em certos momentos tristes da vida. A música original data de 1936, de Charlie Chaplin, um ídolo do astro.


domingo, 4 de dezembro de 2011

Arnaldo Jabor: crítica sobre Michael Jackson

Com críticas negativas e baseadas nos meios mais anti éticos possíveis, Arnaldo Jabor mostra ao comentar de Michael Jackson a dificuldade de se confiar em uma fonte informativa da mídia

Foi na Rede Globo de televisão que o antes considerado por mim jornalista Arnaldo Jabor resolveu soltar sua crítica a respeito do julgamento do já condenado médico cardiologista Conrad Murray, pela morte prematura de Michael Jackson.


Arnaldo Jabor é um dos mais reverenciados e inteligentes do ramo da crítica e jornalismo e, por ser afiliado da Globo, poderia buscar fontes de notícias concretas e confirmadas, mas não é isso que aparenta. Em sua costumeira crítica ao final do Jornal da Globo, Jabor soltou altos comentários negativos em relação a Michael Jackson, comentários estes retirados estritamente de tablóides e publicações de fofocas, focadas exclusivamente em divulgar matérias inventadas falsas e degradantes sobre o astro. Uma surpresa, pois não é o que se espera de um jornalista com o nível e experiência de Jabor.

Acredito que seu erro foi de embarcar naquilo que o povo quer ouvir. Sim, porque o fato dos tablóides serem mentirosos e a imprensa marrom¹ publicar criações pejorativas sobre Michael é conhecido somente pelos fãs mais ardorosos e conhecedores assíduos do artista. Para o público, considerado leigo e facilmente manipulado por essas revistas, este fato é praticamente nulo e não é levado em conta. Logo, o comentário de Jabor acaba causando sim muita má impressão de Michael Jackson para o público, com insinuações de que Jackson “quis ficar branco e até mesmo virar mulher,” os mesmos retirados diretamente de publicações de pouca credibilidade.

O que nos deixa a pensar que não existe jornalismo confiável. Se é isto que a Rede Globo leva ao ar, o que nos leva a crer que o resto da programação informativa é real?


¹ Imprensa marrom é o termo usado para classificar o tipo de jornalismo que se constrói baseando-se em informações falsas e inventadas, em sua grande maioria pejorativas e ofensivas, publicando-as em revistas estilos tablóides e de fofocas de celebridades.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O Rei do Pop nos videogames!

Que Michael Jackson é um artista multi talentoso, revolucionário, cantor, dançarino e compositor muitos já sabem. Mas o que é pouco conhecido é que até mesmo no mundo dos jogos eletrônicos Michael Jackson fez história. Seja como personagem principal, coadjuvante ou games que fazem referência a sua dança e música, Michael já bateu recordes e vendeu milhões não só na indústria musical. Acompanhe abaixo uma cronologia completa da participação de Michael em diversos games em várias épocas, com direito a vídeos, fotos e detalhes!


Você é Michael Jackson!
Games aonde o personagem principal é o astro pop!


• Moonwalker •
Gênero: Aventura | Musical
Ano: 1990
Plataforma: Arcade (fliperama)


Primeiro game lançado oficialmente baseado no filme Moonwalker, de Michael Jackson, lançado em 1988. Aqui, ao som de hits como Bad, Smooth Criminal, Beat It e Another Part of Me, o jogador faz o papel de Michael Jackson enquanto derrota bandidos, robôs, máquinas e resgata crianças em diferentes cenários, baseados em momentos e trechos do filme. O game ainda estrela um especial no qual Michael dança a coreografia da música tema da fase com os inimigos, os quais são derrubados após a música terminar.




• Moonwalker •
Gênero: Aventura | Musical
Ano: 1990
Plataforma: Mega Drive | Master System | Game Gear


Seguindo o mesmo enredo do filme e da versão para Arcade, Moonwalker para os consoles domésticos possui algumas diferenças mínimas. A jogatina agora acontece de lado, dando a possibilidade ao jogador de movimentar Michael apenas para esquerda e direita, não em todas direções do cenário como visto na outra versão. O objetivo aqui é resgatar um certo número de crianças (que aparentam ser a pequena Katie do filme) em cada estágio, o qual varia em cemitérios, bares, cavernas e a base secreta do vilão principal Frank Lideo. Além de diversas marcas registradas, o game ainda traz os famosos gritos e frases de Michael (como “uuh”, “ch’mon”, “who’s bad” e “aow”) e a presença do amigo de longa data Bubbles. O chimpanzé indica a Michael no final de um estágio aonde se localiza o chefão. Em junho de 2007, o site GameSpot incluiu Moonwalker na lista dos Maiores Jogos de Todos os Tempos.



• Ready 2 Rumble Boxing •
Gênero: Luta
Ano: 1999
Plataforma: PSX | Sega Dreamcast | Nintendo 64 | Game Boy Color



Neste game de luta (um oponente contra o outro) de boxe, Michael Jackson estrela como personagem secreto! No ringue, os movimentos de dança típicos (como o moonwalk e o the lean) estão presentes para atacar o adversário, além de diversas poses. No menu de seleção de lutador, os dados de Michael citam Gary, Indiana, como cidade natal e idade desconhecida.




• Space Channel 5 •
Gênero: Musical
Ano: 2002
Plataforma: PlayStation 2 | Sega Dreamcast


Game de dança muito similar ao simulador de guitarra Guitar Hero, pois basta seguir os botões apresentados na tela corretamente para pontuar. Michael aparece como coadjuvante pelo nome de Space Michael, e emprestou sua voz ao personagem. Uma música conhecida somente pelos fãs do Rei chamada Space Dance foi composta especialmente para a série.





• Michael Jackson: The Experience •
Gênero: Simulador | Musical
Ano: 2010 / 2011
Plataforma: PlayStation 3 | Xbox 360 | Nintendo Wii | Nintendo DS | PSP


Lançado após a morte do astro, The Experience inova o modo de se jogar sendo Michael Jackson pois a tecnologia agora permite dançar e imitar os tão famosos e consagrados passos do Rei do Pop em frente a sua televisão, atingindo pontos e recordes de acordo com sua exatidão ao dançar. Na versão portátil, a jogatina muda e é preciso apertar corretamente os botões apresentados na tela para que Michael execute os passos com precisão. Entre todos os já conhecidos hits de Michael, faixas que podem agradar os mais fanáticos são Who Is It, Money, Sunset Driver, Ghosts e Streetwalker, por não serem tão conhecidas e apresentarem coreografias inéditas com passos e trejeitos únicos de Michael.




Tocou Michael em...
Referências de passos e músicas de Michael em videogames!


• Splatterhouse: Wanpaku Graffiti •
Gênero: Terror | Aventura
Ano: 1988
Plataforma: PC | Nintendo 8-bits


Game de terror no qual o personagem principal, Rick, batalha com hordas de monstros e criaturas demoníacas em cenários típicos. A referência a Michael Jackson aqui ocorre na luta contra o primeiro chefe, um vampiro que ressuscita zumbis e dançam uma coreografia simbólica de Thriller!




• Guitar Hero: World Tour •
Gênero: Simulador | Musical
Ano: 2008
Plataforma: PlayStation 2 | PlayStation 3 | Xbox 360 | Nintendo Wii | PC


Demorou, porém a tão famosa série de simulação de guitarra estrelou uma faixa de Michael Jackson em seu repertório: Beat It. Esta versão de Guitar Hero inaugurou novos modos de jogatina, pois neste título é possível, além de tocar guitarra, tocar bateria, contra baixo e cantar as letras das canções com um microfone próprio para o console. Enquanto o jogador executa as notas da canção, o vocalista da banda no videogame chega a fazer passos da coreografia e um moonwalk.




• Grand Theft Auto (GTA): Vice City •
Gênero: Ação
Ano: 2004
Plataforma: PlayStation 2 | Xbox | PC


A tão famigerada série GTA, conhecida por suas polêmicas e violenta jogabilidade, também trouxe referências a Michael Jackson, na versão Vice City. Para quem não joga, é impossível saber que, embora o game seja violento e contraditório para os jovens, também existem diversas estações de rádio fictícias no jogo, as quais o jogador pode ouvir suas faixas enquanto está a bordo de um automóvel, bote, lancha ou avião. Cada estação é especializada em um diferente estilo, passando por rock, pop, funk, baladas românticas, new wave, hip hop eletrônico e até mambo cubano, todos os ritmos musicais que assolavam a Miami dos anos 80, cidade na qual o jogo se passa (em uma versão remodelada chamada de Vice City). Michael Jackson é o único cantor que estrela duas faixas no game, sendo estas Billie Jean (na estação pop) e Wanna Be Startin’ Somethin’ (na estação funk). Coincidência ou não, a primeira música do jogo ao tocar na rádio quando o jogador entra no primeiro automóvel é Billie Jean.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A Vida de Um Ícone: primeiras impressões.

Graças as minhas legendas, tive a honra de ser um dos convidados a comparecerem no café da manhã especial da produtora de filmes Universal Pictures que celebra o lançamento do DVD e blu ray Michael Jackson: A Vida de Um Ícone. Segue o trailer abaixo para rápida conferida:


Logo de cara vê-se que o amigo de longa data de Michael Jackson, David Gest, é o responsável pela direção e propósito do projeto, por tal fato é de se esperar que se saia algo livre de matérias de tablóides e alfinetadas. E saiu.

Com depoimentos de artistas e parentes que quase nunca se pronunciam abertamente sobre Michael (exemplos são Whitney Houston, Dionne Warwick, o irmão e irmã Tito Jackson e Rebbie Jackson, compositores da Motown Records, Bobby Taylor etc), o DVD espana com detalhes todo o louvor da época do Jackson 5, contando realmente desde o ponto inicial da história dos Jacksons. Inclusive o documentário estrela fotos nunca antes vistas da época. Considero este inicio a segunda parte mais positiva para Michael Jackson do filme inteiro.

Capa original do DVD

Um dos poucos pecados que o vídeo cometeu foi contar com detalhes toda a carreira de Michael passando por Jackson 5, The Jacksons e Michael Jackson carreira solo, porém pausando a trajetória em Thriller e já pulando para as benditas acusações de 1993, casamento, filhos, controvérsias, 2005 e assim vai. Porém isso seria muito preocupante se a fonte reprodutora do material tivesse sido alguma emissora ou jornal tabloidesco. Foi exatamente o oposto, pois agora estão ali pessoas para contar a mais absoluta verdade, prontas para defender Michael e revelar desabafos do artista aos familiares e amigos mais próximos. O resultado foi magnífico, principalmente para desmascarar monstros como Tom Sneddon e ainda trechos do advogado de defesa Tom Mesereau justificando o julgamento.

Capa da biografia não autorizada
de J. Randy Taraborrelli

Para o desgosto de alguns fãs, grande parte do DVD é narrado pelo biógrafo não autorizado de Michael Jackson, J. Randy Taraborrelli, autor de uma das biografias mais vendidas sobre Michael, Michael Jackson: A Magia e A Loucura. No entanto, não há nada a temer. Até porque a participação do autor no vídeo conta com o áudio de uma das entrevistas dele com Michael pra lá de inédita.

Altos momentos são revelados também referentes ao show comemorativo dos 30 anos de carreira de Jackson, em 2001, no Madison Square Garden, Nova York, o que não é de se surpreender, já que foi o próprio David Gest o responsável pela realização do evento. Embora creio que todos os que assistiram o show, em especial os fãs, notaram algo 'diferente' em Michael naquele espetáculo.

Bom, paro por aqui meu relato a respeito desse documentário que com certeza é o melhor OFICIAL já lançado em termos de contar a verdade e mostrar quem realmente foi Michael Jackson, algo que sempre foi muito raro e carente em meio a mídia especializada.

O DVD e blu ray já encontra-se disponível para pré venda em alguns sites como Videolar com valor em torno de R$40,00.
O lançamento oficial para todas as lojas está marcado para dia 17 de novembro de 2011.

O verdadeiro legado de Michael Jackson

Moonwalk? Thriller? Black or White? Pense novamente.

Após a volta do anjo pro céu em junho de 2009, o termo ‘legado’ passou a ser ouvido em transmissões de rádio e exibido em programas televisivos. Homenagens, tributos, documentários, retrospectivas, todos os tipos de materiais relacionados a Michael Jackson citavam a mesma dúvida: como fica o legado do Rei do Pop?

Mas a questão a ser levantada é que o termo ‘legado’ varia de acordo com a pessoa que lê sobre o assunto.

Em geral, quando um artista morre, a música e o estilo que ele carrega levam o nome de legado, e cabe a sucessores e fãs levar a frente o trabalho do cantor.
No entanto, quando se trata de Michael Jackson (assim como cada aspecto de sua vida) o sentido é maior e mais importante. Sim, porque quando se dirige a palavra ‘legado’ a Michael Jackson, você não se refere apenas a música. Com certeza ele foi e sempre será o maior dançarino e músico de todos os tempos, além de revolucionário nos quesitos de dança, música, vídeo clipes e arte musical em geral (vide obras revolucionárias como Beat It, Bad, Thriller e Black or White). E embora não exista sucessor a altura, todo o trabalho e obra de Michael prevalecerá para sempre, pois ele sempre será citado e lembrado por conta de seus clipes, letras e passos de dança inigualáveis. Mas é aí que o termo ‘legado’ se amplia, porque Michael deixou sim sua marca no mundo, mas não apenas como artista. Ele deixou um rastro de cura e ajuda por todo o planeta, e perpetuar essa parte de seu legado ao mundo após sua morte fica por conta de seus verdadeiros e mais leais fãs, que compreendem sua mensagem de paz e procuram sempre levá-la adiante.

Um bom modo de começar é divulgando seu legado de paz por intermédio das mensagens em suas próprias canções, como Heal The World e Earth Song. A partir daí, quando se estuda letras desse tipo, fica fácil visualizar a tamanha dedicação de Michael, como quando ele fazia a sua Fundação Heal The World percorrer os quatro cantos do mundo em busca de órgãos e alimentos para crianças e pessoas necessitadas de vários países ao redor do globo.

Só vendo assim se compreende a enorme dimensão do ‘legado’ de Michael Jackson. Não, não é desse legado que aquele documentário do Multishow ou o tributo dos programas de TV comentou sobre. Aquele citado na mídia é apenas uma ponte para que fiéis fãs revelem seu verdadeiro legado. O de paz mundial.